Doença Arterial Oclusiva Periférica
- Details
- Written by Super User
- Hits: 4023
DAOP
A DAOP (Doença Arterial Oclusiva periférica) é doença de Alta prevalência no mundo ocidental, podendo ser causa de morte.
Ocorre pelo depósito de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias, reduzindo seu calibre e trazendo um déficit sangüíneo aos tecidos irrigados por elas.
Apresenta sinais e sintomas secundários à diminuição do aporte sanguíneo dos tecidos, incidindo de forma lenta e progressiva devido a doença no sistema arterial. A aterosclerose é causa da maioria esmagadora das lesões, mas podemos citar como outras causas (menos comuns): tromboangeíte obliterante (doença de Buerger), arterite de Takayasu, arterite temporal/células gigantes, e outras vasculites.
Os fatores de risco clássicos para a doença são Idade avançada, Tabagismo, DM
Hiperlipidemia e HAS. Mas existem alguns fatores de risco emergentes, a citar: Raça e etnia
Genéticos, Doença Renal Crônica, Inflamação e Estados de Hipercoagulabilidade. Seu desenvolvimento é lento e progressivo, se fazendo necessária obstrução arterial significativa (+ ou - 75% do calibre de uma artéria), para que surjam os primeiros sintomas isquêmicos.
Por ser uma Doença sistêmica, pode acometer simultaneamente diversas artérias do ser humano, e gerar complicações como angina, infarto do miocárdio, arritmias cardíacas, insuficiência renal, acidente vascular cerebral ou obstrução de artérias periféricas. Quando acomete artérias que conduzem o sangue para os membros inferiores, causa desconforto ou dor na musculatura das nádegas, das coxas, das panturrilhas ou na parte superior do pé durante a caminhada (claudicação intermitente). Pode gerar ainda dor tipo cãimbra, desencadeada por exercício, que melhora com repouso.
A Distância varia de acordo com extensão e gravidade da obstrução.
A Localização relaciona-se ao território acometido:
Glúteos : Aorto- Ilíaco
Coxa : Fêmoro-poplíteo
Panturrilha: Infra- patelar
O quadro clínico apresentado pelo paciente vai depender de qual artéria está mais significativamente obstruída:
- Coronárias: dor cardíaca durante o esforço - angina de peito - na evolução crônica ou o infarto na evolução aguda.
- Carótidas: perturbações visuais, paralisias transitórias e desmaios na evolução crônica ou acidente vascular encefálico na evolução aguda.
- artérias ilíacas e femorais: claudicação intermitente (dor nas pernas ao caminhar), queda de pêlos, atrofias da pele, unhas e musculares, e até mesmo impotência sexual (dificuldade de ereção peniana) nos casos crônicos e gangrena nos casos agudos.
Com relação aos métodos diagnósticos, podemos citar: Investigação Hemodinâmica não invasiva, Doppler e ultrassonografia com Doppler (Duplex Scan), Oximetria Percutânea e Arteriografia.
A terapêutica inclui a Redução na progressão, Induzir regressão e Prevenir final mórbido da formação da lesão. Trata-se os fatores de risco, com a redução nos níveis lipídicos; não fumar; dieta; e uso de antiagregante plaquetário (Aspirina, ticlopidina, clopidogrel). Há também o tratamento cirúrgico, a depender do local afetado e intensidade dos sintomas, que incluem a Angioplastia transluminar percutânea; cirurgia de ponte (by-pass) e endarterectomia.