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TROMBOANGEÍTE OBLITERANTE

CAROL ANNE DA SILVA FERNANDES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ


TROMBOANGEÍTE OBLITERANTE

A troboangeíte obliterante (TAO) é considerada por alguns autores como uma Vasculite de vasos de médio calibre, que também inclui Poliarterite nodosa clássica e Doença de Kawasaki. Trata-se, portanto, de uma doença obstrutiva de natureza inflamatória que ocorre particularmente em indivíduos jovens, brancos, do sexo masculino com idade menor que 40 anos e que acomete tanto veias como artérias.

 

Ocorre pela infiltração de leucócitos polimorfonucleares nas paredes de pequenos e médios vasos. Com a progressão da doença, esses leucócitos atraem várias outras células, como outros tipos de leucócitos e fibroblastos. Nos estágios mais avançados, encontramos sinais de fibrose nos vasos e ocorre a formação de trombos, que acabam ocluindo artérias e veias.

 

Os sintomas gerais podem ocorrer igualmente tanto nas vasculites sistêmicas primárias como secundárias. Febre, suores noturnos, mialgia, artralgia e astenia podem ser comuns a todas as vasculites. O quadro inicial pode simular infecção ou neoplasia. As outras manifestações clínicas dependem do segmento vascular envolvido. Vasculites sistêmicas secundárias podem ocorrer em associação com neoplasia, infecção, doenças do tecido conjuntivo ou induzida por drogas.

 

Fator de risco mais comum é a associação entre a TAO e o tabagismo.

A Tromboangeíte Obliterante envolve três fases: aguda, subaguda e crônica.

  • Fase aguda: trombo inflamatória. Neutrófilos, microabscessos e células gigantes multinucleadas são frequentemente presentes.
  • Fase subaguda: ausência de sintomas característicos.
  • Fase crônica: caracterizada por trombo organizado e fibrose vascular que pode mimetizar doença aterosclerótica.

O diagnóstico clínico da Tromboangeíte obliterante requer uma história compatível e solidária, achados físicos, e anormalidades vasculares diagnósticas em estudos de imagem. Deve ser feito o teste de Allen, que pode ser positivo em outras doenças arteriais oclusivas. Tomografia computadorizada, ressonância magnética ou angiografia invasiva com contraste podem ser realizadas para excluir uma origem arterial proximal de embolia e para definir a anatomia e a extensão da doença. As angiografias mostram artérias obstruídas e outras anomalias da circulação.

O tratamento não farmacológico consiste na cessação do tabagismo. O tratamento farmacológico é realizado pela administração de vasodilatadores, tais como alfa-bloqueadores, bloqueadores de canal de cálcio e o sildenafil. Em alguns casos, deve-se usar processos como o Bypass Arterial, o debridamento cirúrgico de locais com isquemia e a simpatectomia. Algumas medidas são interessantes para prevenção de novos casos, como evitar o trauma nos pés, ter uma boa higiene dos mesmos, praticar marcha três vezes por semana e evitar vasoconstrição nos membros inferiores.

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