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Doença Arterial Obstrutiva Periférica

Autora: Viviane Correa F. da Silva


Definição e Etiologia:

A Doença Arterial Obstrutiva Periférica é uma afecção causada pela obstrução ou estenose de vasos artérias na periferia. Pode ocorrer em membros superiores ou inferiores, entretanto é bem mais comum nos membros inferiores. A principal etiologia é a aterosclerose(85%), contudo, pode ocorrer por vasculites ou  aneurismas artérias.


Epidemiologia:

É mais frequente em homens com idade entre 45 e 60 anos. Isso ocorre, principalmente, porque o sexo masculino, na sua grande maioria, possui hábitos de vida mais propensos ao desenvolvimento da doença. Podemos citar principalmente o tabagismo, que em 2012 era frequente em cerca de 31% da população masculina mundial, em comparação ao sexo feminino que tinha uma porcentagem de 6,2%. Entretanto, é possível observar que a partir da faixa etária de 70 anos, a incidência da doença entre os sexos se iguala.  Tal dado pode ser explicado pelo simples fato da cronicidade da aterosclerose (principal etiologia) e pela queda do poder protetor do estrogênio feminino.


Fatores de Risco:

Os fatores de risco estão intimamente associados à formação da placa aterosclerótica. O diabetes melito, assim como a HAS, o tabagismo e a hiperlipidemia , estão relacionados principalmente a lesão no endotélio vascular , que propiciam a formação da placa. A idade avançada esta relacionada à cronicidade da formação das placas ateroscleróticas , assim como na presenças das doenças associadas ,como hipertensão e diabetes .Já os estados de hipercoagulabilidade, estão associados a formação espontânea de trombos ou êmbolos dentro do sistema arterial, que podem estão relacionados ou não a deficiência de fatores de anticoagulação.


Manifestações Clinicas:

A DAOP pode se apresentar basicamente de duas formas, através da doença tromboembólica aguda ou da doença oclusiva crônica dos MMII. A doença tromboembólica aguda é causada principalmente por êmbolos ou trombose do vaso

. A sintomatologia é dor de caráter agudo, associada à palidez, parestesia, paralisia e ausência de pelos. Já a doença oclusiva crônica dos MMII tem uma evolução lenta e gradual no aparecimento dos sintomas. As principais manifestações clinicas são, claudicação intermitente que pode evoluir para dor em repouso , e em ultimo estado para o aparecimento de ulceras e gangrenas.


Diagnóstico:

A realização do diagnostico da DAOP baseia-se principalmente na anamnese e no exame físico. Na anamnese é importante buscar associação do paciente aos fatores de risco típicos da afecção. A suspeita da doença deve ter inicio a partir do sexo e da idade do paciente. Em seguida, observamos a presença ou não dos demais fatores de risco já citados anteriormente. Além disso, é importante pesquisar se há relatos familiares de casos de AVC, infarto ou mesmo da própria DAOP, nos demais membros da família (principalmente pais ou irmãos), no intuito de descartar causas genéticas.    No exame físico, podemos observar através da inspeção do membro acometido uma  pele fina , seca e descamativa, com presença de rachaduras e calosidades; unhas quebradiças e rarefação de pelos; palidez ; presença ou não de ulceras ; necroses ou gangrenas. Na palpação: presença de extremidades com temperatura diminuída em relação com a temperatura corporal ou a temperatura da região proximal; pulsos arteriais diminuídos ou ausentes; presença de frêmitos. Na ausculta: Sopro sistólico na região onde existe frêmito, característico de estenose.

Os exames complementares são ferramentas que auxiliam a realização do diagnostico conclusivo, sendo a partir deles possível saber o exato local da obstrução arterial, as complicações decorrentes da obstrução, e ate o prognostico do paciente. Os principais exames realizados são o ITB, Ecografia- Doppler, arteriografia e a oximetria percutânea.


Tratamento:

O tratamento tem como objetivo reduzir a progressão, induzir a regressão e a prevenção.

O tratamento clinico esta relacionado ao controle da hipertensão, a redução do colesterol, ao uso de antiagregantes plaquetarios , a realização de atividades físicas e a parada do consumo do tabaco. Já o tratamento cirúrgico esta mais relacionado a desobstrução do fluxo sanguínea arterial. As principais técnicas são: derivação cirúrgica com enxerto; endarterectomia cirurgica ; angioplastia percutânea ; infusão de trombolíticos na placa com cateter.


Referências:

  1. http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site/home/noticias/2014/queda_taxa_tabagismo_mundo_maior_entre_mulheres
  2. http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/rpm/v21n2/v21n2a07.pdf
  3. http://www.sbacvba.com.br/hp/faq.asp?id=3
  4. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1677-54492005000300007&script=sci_arttext
  5. http://www.jvascbr.com.br/vol4_n4_supl4.pdf
  6. Sabiston , Tratado de Cirurgia Medica.
  7. Robbins, Bases Patológicas das Doenças.
  8. Goodman e Gilman, As Bases da Farmacologia Terapêutica.