I Campanha de Conscientização sobre a Doença Varicosa e o Pé-Diabético

No dia 14 de Julho de 2012, ocorreu em Fortaleza a I Campanha de Conscientização sobre a Doença Varicosa e o Pé-Diabético, organizada pelo Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Universitário Walter Cantídio e pela Liga de Angiologia e Cirurgia Vascular da Universidade Federal do Ceará, ambos coordenados pela Dra. Vânia Lúcia Cabral Rebouças e pelo Dr. Carmelo Carneiro Silveira Leão Filho.

O Evento foi voltado para orientar a população em geral, bem como para atender às reais necessidades da imensa população de pacientes que convivem com a doença venosa crônica e/ou com as complicações inerentes ao pé diabético, dois grandes problemas de saúde pública do nosso meio. Na ocasião, foram realizadas atividades de orientação sobre medidas de prevenção e controle destas entidades clínicas, realização de avaliação médica de pacientes portadores de varizes ou de neuropatia diabética, distribuição de meias para os principais grupos de risco e de cartilha de orientação sobre as principais doenças vasculares.

O cirurgião vascular e coordenador da Liga de Angiologia e Cirurgia Vascular, Dr. Carmelo Leão, afirma que o objetivo do evento era alertar a população para os riscos dessas doenças e prestar esclarecimentos sobre a prevenção de suas complicações e de seus tratamentos. “A doença varicosa acomete mais de 50% das mulheres e 20% dos homens. No Ceará, estima-se que 12% da população seja diabética. Com a evolução do diabetes, as complicações no pé se tornam mais frequentes, o que pode levar à amputação”, informa Dr. Carmelo.

O diabetes, quando não controlado, pode levar à perda de sensibilidade dos pés através do comprometimento dos nervos das pernas, levando também a perda de força e desequilíbrio. Com isso, torna-se mais fácil a ocorrência de traumatismos no membro e o desenvolvimento de feridas. Por outro lado, no diabetes não controlado, há ainda uma maior propensão ao desenvolvimento do entupimento das artérias, a chamada doença aterosclerótica, diminuindo a capacidade de cicatrização das feridas e tornando mais frequente as amputações parciais ou totais dos membros inferiores.

A cirurgiã vascular Dra. Vânia Rebouças, chefe do Serviço de Cirurgia Vascular e Coordenadora da Liga de Angiologia e Cirurgia Vascular da UFC, informa que na doença venosa crônica há uma dificuldade do esvaziamento das veias dos membros inferiores, o que aumenta a pressão dentro desses vasos e favorece a sua dilatação, o inchaço, a dor em peso e o cansaço. “Essa doença causa imenso desconforto nos pacientes. Além da formação de varizes, a doença pode evoluir com a formação de úlceras e inflamação das veias (flebite) que poderão romper, ocasionando sangramento aos pequenos traumas ou, até mesmo, espontaneamente”, informa Dra. Vânia.

O Evento contou com o apoio da Kendall, da Angios Diagnóstico Vascular por Imagem, do Instituto Saúde Vascular, do Shopping Prohospital e da mídia local, sendo amplamente divulgado para a população. Como resposta, contou-se com um público de cerca de 2500 pessoas, atendidas na Praça do Ferreira no centro de Fortaleza, local de grande circulação de pessoas. Filas imensas se formaram na praça, demonstrando a grande repercussão alcançada pela campanha.